
Hoje em dia, é comum ver fotos e vídeos de crianças em todos os cantos das redes sociais. É o famoso sharenting — a mistura de “share” (compartilhar) com “parenting” (criar filhos). A intenção geralmente é boa: mostrar uma conquista, dividir um momento fofo ou engraçado. Mas será que a gente está pensando nas consequências?
Quando postamos tudo sobre a vida dos nossos filhos, desde o primeiro ultrassom até a queda do primeiro dentinho, estamos criando uma espécie de “histórico digital” que eles não escolheram ter. E isso pode afetar a privacidade e até a segurança deles. Fotos e informações podem ser copiadas, mal interpretadas ou parar em mãos erradas — inclusive de pessoas com más intenções.
Além disso, o excesso de exposição pode impactar a autoestima da criança no futuro. Ela pode crescer com a sensação de que tudo o que faz será julgado ou exibido. O mundo virtual não esquece fácil, e o que hoje parece fofo, amanhã pode ser motivo de constrangimento.
A dica é simples: antes de publicar, pergunte-se — isso protege ou expõe meu filho? Será que ele se sentiria confortável com essa imagem circulando por aí no futuro? Às vezes, guardar aquele momento só pra gente é a melhor forma de cuidar de quem a gente mais ama.