Quando falamos em aprendizagem, temos por finalidade a ideia de que, enquanto professores, conseguiremos atingir o objetivo do aluno: aprender (Origem etimológica: latim apprehendo, -ere, tomar, agarrar, apoderar-se, compreender). Mas será que é sempre assim? Estamos mesmo utilizando recursos suficientes para que os estudantes alcancem esse objetivo?

Via de regra, vemos que, no geral, as escolas adotam metodologia e sistema de ensino únicos, e daí é que vem a grande questão: todos os alunos compreendem igualmente? Aprendem e retém informações à mesma maneira? Se não, são utilizadas estratégias adequadas para cada indivíduo?

Pensem neste cenário: uma sala com aproximadamente 30 alunos, configurada com as carteiras enfileiradas e ensino apostilado. A tarefa é responder algumas questões a partir da leitura de um texto. Porém, José tem grande dificuldade em compreender e interpretar o texto, para ele as informações são abstratas demais e não fazem sentido. Isso o deixa desconfortável e ele procura uma orientação do professor que, por sua vez, não leva em consideração as vivências e dificuldades de José e se utiliza de explicações e exemplos ditos “padrão” que fazem ainda menos sentido para ele. O aluno ainda confuso e inseguro, responde às questões a sua maneira. Mas será que José alcançou o objetivo?

Portanto, se cada indivíduo possui e apresenta uma maneira própria de aprender (Estilo de Aprendizagem) devemos utilizar estratégias apropriadas para cada um a fim de atingir o objetivo. É oportuno dizer que não se trata do QUE o indivíduo aprende e sim a FORMA que ele utiliza durante o aprendizado. O foco é o aprendiz.

Nesse processo, é importante identificar a melhor abordagem propiciando estratégias personalizadas para que a aprendizagem seja eficaz e prazerosa, inclusive na forma de avaliar.

Os Estilos de Aprendizagem são pensados a partir dos comportamentos distintos que servem como indicadores de como uma pessoa aprende e se adapta ao ambiente, assim, é possível identificar uma série de características que dividem os sujeitos em grupos.

Por isso, alguns autores e estudiosos desenvolveram teorias para classificar estes estilos com base em habilidades cognitivas.

Para o pesquisador Neil Fleming, por exemplo, foram definidos 4 estilos de aprendizagem com base nas habilidades cognitivas.

Segundo ele, a aquisição do conhecimento ocorre por meio de quatro habilidades:

  • Visual (visual)
  • Auditory (auditiva)
  • Read/Write (leitura/escrita)
  • Kinesthetic (cinestésica)

Visual:

O sujeito tem mais facilidade em aprender por meio da visão, ou seja, quando as informações estão organizadas de forma gráfica. Para ele, o que facilita atingir o objetivo são tabelas, diagramas, mapas vídeos, imagens, símbolos, listas, mapas mentais, entre outros. Uma boa estratégia é sublinhar e destacar os assuntos mais importantes em cores diferentes, converter anotações em imagens, substituir palavras por símbolos.

Auditiva:

Para esse perfil, o pensamento é estruturado por meio de palavras. Ele tem facilidade em memorizar através das informações que escuta. Ele gosta de aprender falando e ouvindo. É o tipo de estudante que costuma falar em voz alta a fim de ouvir a própria voz e fixar melhor o conteúdo. Portanto, as estratégias que irão potencializar o aprendizado são entrevistas, palestras, seminários, leitura em voz alta, repetições, músicas…

Leitura e escrita:

Para este perfil, é importante utilizar ferramentas pedagógicas cujo as informações são expressas por meio de palavras, assim como contextualizar seus conhecimentos através da grafia, desta forma, o aluno terá mais facilidade para absorver os conteúdos, ou seja, são indivíduos que aprendem melhor lendo e escrevendo. Os recursos podem ser apostilas, dicionários, pesquisas, livros, textos, artigos, entre outros.

Cinestésica:

Neste caso, o sujeito necessita das práticas e vivências, ele aprende fazendo, se movimentando. Precisa do contato com o concreto e sente necessidade de experimentar. Sendo assim, as melhores estratégias são encenações, gincanas, experiências, gamificações, entre outros.

Sendo assim, se não entendermos que cada sujeito aprende à sua maneira e não induzirmos ou potencializarmos esse processo, não poderemos responsabilizá-lo pela sua dificuldade em apoderar-se do conhecimento. Portanto, cabe ao professor identificar o perfil de cada estudante para poder adaptar e criar estratégias que possibilitam a evolução em seu processo de aprendizagem. 

Para conhecer o seu aluno é importante observá-lo, trocar informações, criar vínculo, testar estratégias, possibilitar novas tentativas e desafios, deixa-lo confortável e seguro. Todos têm habilidades, por isso, não se pode ensinar mecanicamente, deixar de explorar as possibilidades e ignorar o fato de que todos são capazes de aprender, responsabilizando-os pelo “fracasso”.

No Graphein, respeitamos todas essas particularidades e o nosso principal objetivo é acolher o aluno e despertar o seu interesse no aprendizado, proporcionando, inclusive, segurança e autoconfiança.

Sabemos que na prática é mais difícil, já que o sistema educacional é complexo, mas devemos acreditar na educação, respeitar a individualidade de cada um. É nosso o dever de ensinar adequadamente e é um direito deles de aprender!

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