
Caio tem 7 anos e está em processo de alfabetização. Em suas lições, a frase mais ouvida é “Ele é preguiçoso”. No entanto, alguns dados são importantes sobre Caio: demonstra dificuldade na escrita e decodificação, o ato de transformar o que a professora Ana escreve no quadro em sons. Assim que abre o caderno, a motivação vai embora, logo pensa “Vai ser muito difícil, vou errar” e o medo do erro é tão grande que Caio não chega nem a tentar.
À primeira vista, pode-se pensar que Caio apresenta falta de interesse e baixa motivação intrínseca. Contudo, esse cenário, comum entre famílias e escola revela um equívoco frequente, o mito da preguiça, com o objetivo de reduzir a dificuldade complexa a um rótulo simples, sem considerar questões como: a atenção, a memória e a linguagem, além de aspectos emocionais e até neurológicos.
A aprendizagem é resultado de inúmeros elementos que envolvem desde a maturação do sistema nervoso central, o processamento de sons, imagens, mas também aspectos de saúde física como o sono suficiente, a alimentação ajustada, bem como os fatores psicológicos, autoestima, autorregulação emocional e o ambiente escolar e familiar que completam o cenário.
Nesse processo, os pais são peças fundamentais, com olhar atento e sensível, capaz de perceber quando a dificuldade vai além da suposta “falta de vontade” e é hora de agir e procurar ajuda. Reconhecer a singularidade é também proporcionar caminhos para que a aprendizagem seja prazerosa e significativa.
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Desenvolvimento Humano
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