O cyberbullying, ou bullying virtual, é crime no Brasil, e os pais ou responsáveis podem ser responsabilizados caso seus filhos pratiquem esse tipo de violência online.

O ambiente digital virou uma extensão da vida escolar, mas também um terreno perigoso quando o respeito desaparece. O cyberbullying, ou bullying virtual, é crime no Brasil, e os pais ou responsáveis podem ser responsabilizados caso seus filhos pratiquem esse tipo de violência online. Entenda os principais pontos:

O que é cyberbullying

• É toda forma de agressão, humilhação, exposição, ameaça ou difamação feita por meios digitais — redes sociais, mensagens, e-mails, jogos ou aplicativos.
• Inclui o uso de perfis falsos para atacar colegas, espalhar boatos ou divulgar imagens e vídeos sem autorização.
• A Lei nº 14.811/2024 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) classificam essas práticas como crimes contra a dignidade e a honra.

Responsabilidade dos pais

• Menores de idade não respondem criminalmente, mas seus pais ou responsáveis legais podem ser processados civilmente por danos morais e materiais causados às vítimas.
• O Código Civil (art. 932) estabelece que os pais respondem pelos atos ilícitos dos filhos enquanto estiverem sob sua autoridade e em sua companhia.
• Em casos mais graves, pode haver processos judiciais, indenizações financeiras e, se comprovada omissão ou incentivo, responsabilização penal.

Como prevenir

• Acompanhe o uso das redes sociais: saiba quais plataformas os filhos usam e com quem interagem.
• Converse com frequência sobre respeito, empatia e consequências das atitudes online.
• Explique o impacto emocional das ofensas digitais — quem sofre cyberbullying pode desenvolver ansiedade, depressão e isolamento social.
• Ensine que o anonimato virtual não elimina a responsabilidade: tudo o que é publicado pode ser rastreado pelas autoridades.

Se algo acontecer

• Oriente o filho a não revidar e salvar as provas (prints, mensagens, links).
• Procure a escola, para que o caso seja acompanhado e as famílias envolvidas sejam orientadas.
• Registre boletim de ocorrência em uma delegacia comum ou especializada em crimes cibernéticos.
• Busque apoio psicológico para o jovem envolvido — tanto a vítima quanto o agressor precisam de acompanhamento.

Lembre-se

O exemplo começa em casa. Quando os pais mostram ética, empatia e responsabilidade nas redes, os filhos aprendem que internet é espaço de convivência, não de agressão. Cuidar do comportamento digital é também educar para a paz — dentro e fora da tela.